DNPM fechará cerco aos garimpos clandestinos na Paraíba o Objetivo é combater o trabalho informal na mineração e estimular a formação de cooperativas.
O Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM) está intensificando a fiscalização contra os garimpos
clandestinos na Paraíba e vai promover uma 'força-tarefa' para legalizar a
atuação dos garimpeiros e estimular a formação de cooperativas. De acordo com a
superintendência do órgão no Estado, três garimpos clandestinos são fechados
por mês nas regiões do Curimataú e Seridó, mas mesmo assim muitos mineradores
ainda burlam a fiscalização para não pagar impostos e encargos trabalhistas.
A meta para 2012 é interditar
até 40 garimpos clandestinos. A informação é do superintendente do DNPM na
Paraíba, Guilherme Silveira, que propõe a realização de um 'pacto social' para
combater o trabalho informal na mineração. “O que estamos propondo é a realização
de um pacto social na Paraíba, com a ação conjunta das diversas esferas de
governo e de várias instituições no sentido de legalizar as regiões de
garimpagem, tornando mais dignas as condições de trabalho”, afirma.
A proposta do DNPM é integrar no
projeto órgãos como Ministério Público Federal (MPF), Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente (Ibama), Superintendência do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema),
Companhia de Desenvolvimento de Recursos Minerais da Paraíba (CDRM), Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Federação das
Indústrias da Paraíba (Fiep), além dos governos estaduais e municipais.
Para fechar o cerco contra os
garimpos clandestinos, o DNPM vai acionar o Ministério Público Federal (MPF)
para indiciar os envolvidos. “Como o minério é um bem da União, os casos serão
encaminhados para o MPF, que promove a abertura de inquéritos e após a
investigação vai oferecer denúncia crime contra os responsáveis”, garante
Silveira. O DNPM é um órgão federal, ligado ao Ministério de Minas e Energia.
As propostas para a
regularização do setor e o combate aos garimpos clandestinos foram apresentadas
na manhã de ontem, durante o 3° Fórum de Saúde e Segurança do Trabalho da 2ª
Microrregião da Paraíba. O evento foi promovido pelo Centro de Referência
regional em Saúde do Trabalhador de Campina Grande (Cerest-CG), órgão vinculado
à Secretaria Municipal de Saúde.
O evento discutiu ainda o Plano
Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho, a integração de ações
interministeriais no setor de mineração, saúde e segurança do trabalhador, além
da proteção ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Um documento com
as propostas formuladas foi divulgado ao final do encontro, com representantes
de instituições de pesquisa como a UFCG e órgãos relacionados à regulação e
fiscalização do setor de mineração.
Fonte: jornaldaparaiba.com. br
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