Laboratório do IFPB campus Picuí dissemina cultura maker


O Campus Picuí do IFPB inaugurou, neste mês de novembro, o seu Laboratório de Inovação, Pesquisa e Extensão em Educação Maker, o LabMaker Picuí. O equipamento pretende ser um disseminador da cultura maker, “do aprenda fazendo”, estimulando parcerias entre o Instituto Federal da Paraíba e outras organizações da região, promovendo uma nova metodologia de ensino, com maior protagonismo estudantil.


A inauguração oficial do LabMaker Picuí marcou uma ação presencial do 4º Simpósio de Pesquisa Inovação e Pós-Graduação do IFPB, o Simpif, na primeira tarde do evento, e contou com a presença de representantes da reitoria da instituição, de parlamentares e da 4º gerência regional de Educação da Paraíba. O evento foi transmitido pela TV IFPB no canal do YouTube.


O coordenador do LabMaker, professor Fernando Costa Fernandes Gomes, diz que a iniciativa começou porque ele e outros colegas sentiam falta de algo que relacionasse mais a cultura maker à área de ensino, sem tanta ligação inicial com prototipagem ou parceria com empresas. Fernando explica que a ideia tomou corpo justamente durante a pandemia ao frequentar o Laboratório de Física e Química, durante aulas não-presenciais. Assim começaram a desenhar um projeto com espaço próprio contando com apoio das diretorias de Administração e de Finanças e de Desenvolvimento de Ensino.      Fernando conta que o envolvimento com a cultura maker já tinha se iniciado há anos, principalmente em parcerias de projetos com o servidor José Torres que era técnico de Laboratório no campus Picuí. Hoje Torres é professor em Santa Luzia, depois de ter passado pelo campus Patos, ao fazer um novo concurso para docente. Ele e Fernando orientaram equipes de estudantes premiadas na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). “Participar destes eventos foi o girar da chave para a gente a respeito da cultura maker”, frisa Fernando. Ele disse que conseguiram muito material que hoje está no LabMaker a partir dos editais de projetos desenvolvidos com Torres.


O LabMaker tem duas impressoras 3D, arduínos e muitas ferramentas para os alunos colocarem a mão na massa. Mas, Fernando, professor de Física, destaca que um dos maiores patrimônios é a equipe multidisciplinar que conta com a professora Kassandra Mendes Soares, da área de Química, Marcelo Andrade, de Sociologia, o coordenador de Informática, Marcos José do Nascimento Junior, que veio do campus Sousa, e Jales Anderson Monteiro, nomeado recentemente.


Atualmente, há cinco alunas que são monitoras voluntárias. O coordenador Fernando ressalta que um dos pilares do LabMaker é estimular o protagonismo feminino já que faz parte da cultura maker o comprometimento com os objetivos de desenvolvimento do milênio que são relacionados a equidade de gênero e respeito ao meio ambiente, entre outros. A equipe conta ainda com ex-alunos do ensino médio integrado ao técnico em Informática, incluindo dois que fazem hoje o curso técnico subsequente de Eletrônica.   Entre as primeiras ações do Laboratório está uma parceria com a coordenação de Informática para oferecer um curso de 20 horas de capacitação em introdução a programação aplicada e robótica educacional. Outras ações são a confecção de dois protótipos para a maratona de empreendedorismo.


As parcerias externas também estão bem encaminhadas. “A ideia do nosso laboratório é trabalhar com professores da rede pública da região. Já temos projetos a desenvolver com escolas dos municípios de Sossego, Barra de Santa Rosa e Frei Martinho. Queremos iniciar uma capacitação com professores do ensino fundamental superior e uma consultoria”, informou Fernando.


O Laboratório que iniciou a partir do Núcleo de Extensão da Rede Rizoma tem projetos com comunidades da região: “Também estamos auxiliando no processo de registro de marcas e indicação geográfica junto a Associação das Mulheres da Quixaba, daqui da região de Picuí. A Delícias da Quixaba que tem geleia e doce de umbu”.

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