Programa “Ouse Criar” propõe inovação


Pensando bem, para implementar o Ouse Criar foi preciso pôr em prática as orientações que o próprio programa apresenta: analisar o ambiente, detectar o problema e buscar uma solução inovadora. O programa é um bom exemplo do que pretende transferir aos estudantes.
Tome-se as escolas de Ensino Médio na Paraíba, são 455 ao todo (fonte: Plataforma Saber), agrupadas em 14 Gerências Regionais de Ensino: cada regional tem uma característica cultural e econômica singular. Portanto, a forma de executar a primeira fase do programa é diferente em cada localidade. Existem metas que devem ser cumpridas, objetivos comuns; mas a forma como cada escola cumprirá as metas não é rígida, ocorre de acordo com os recursos e facilidades. As ferramentas variam para alcançar o objetivo, o que já é um exercício de empreendedorismo para os gestores e professores, dentro do conceito explicado por Gabriel Gomes, quando empreender é um processo de aquisição de conhecimento para crescimento pessoal e profissional.

Antonio de Pádua Caetano de Lima  Sobrinho,  Assessor da Técnico 4ª Gerência Regional de Educação de Cuité, onde estão 17 escolas, falou como o programa está andando:

“Seguindo as recomendações do programa, cada escola indicou um professor para essa primeira etapa na escola. O professor divide a turma do 1º ano do Ensino Médio em grupos de 5 estudantes. Esses grupos são os times que trabalharão em propostas para solucionar os desafios.”

“Depois, o professor busca no município um ou mais profissionais dentro do arranjo produtivo local para interagir com os estudantes sobre sua atividade. As Gerências Regionais receberam três grandes eixos para selecionar a atividade profissional: 1) Soluções Governamentais; 2) Inovação e Desenvolvimento Regional; e 3) Tecnologias Sociais. Nós ficamos com o segundo, por isso, orientamos os professores a fecharem parcerias na agropecuária, no setor produtivo, especialistas da Empaer-PB, etc.”

“Eles farão lives com os estudantes e professores para contextualizar a atividade os problemas e essas lives ficarão gravadas para aqueles que não têm acesso no momento. Os times analisam os debates, conversam entre si, podem fazer contato com os profissionais… Muitos estudantes já vivenciam o tema, pois faz parte de seu dia a dia. Daí, passaremos para uma etapa na qual os estudantes entrarão em contato com as metodologias de gerenciamento, planos de negócios, canvas, entre outros e, enfim, estarão com subsídios para formularem soluções para os problemas apresentados”, explicou Antonio de Pádua.

Todos os contatos, reuniões, debates, conversas, serão feitos pela Internet, ou pelo telefone, usando o whatsapp, a rede social da escola, o Google Meet… As propostas de soluções dos grupos serão apresentadas através de um Pitch através de um vídeo de até 3 minutos. Especialistas irão avaliar as soluções mais inovadoras e aplicáveis; a maneira de se expressar no vídeo e outros critérios. A equipe com a melhor solução irá representar a escola na segunda etapa, que é a escolha de um time que representará a Regional.

Segundo levantamento realizado pela SEECT, as Gerências informaram que há uma disponibilidade dos estudantes para essa apresentação do Pitch remota. E ainda, para reforçar uma possível lacuna, a SEECT orientou a presença dos “mentores”, professores que acompanharão o desenvolvimento dos grupos e estarão atentos para as necessidades de recursos tecnológicos.






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