O município de Picuí, como tantos outros inseridos do
Seridó paraibano, sofre constantemente com os problemas da estiagem que assola
o semiárido nordestino. Nossos mananciais superficiais, tais como riachos,
rios, pequenos e médios açudes sofrem colapso total nos longos períodos secos,
deixando as comunidades urbanas e rurais desabastecidas do bem mais precioso, a
água.
Segundo o Técnico em Mineração, estudante de geologia e
pesquisador do Núcleo de Estudos em Geologia e
Geofísica Aplicada do Semiárido- NUGGAP do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Paraíba-IFPB-Campus Picuí Paulo Sales da Costa Barros em conversa com a redação do
Blog “SETOR MINERAL EM FOCO” , a grande maioria das comunidades rurais se torna
dependente do carro pipa, que transporta a água potável de longas distâncias,
tornando o serviço caro para os governos federal e municipal, aparentemente
sendo esta a única alternativa para aplacar a sede da população e do rebanho
animal.
“ A barragem de Várzea Grande, único manancial de grande
porte do município, que abastece a população, por falta
de chuvas regulares não foi reabastecido, trazendo consequências
desastrosas para seus moradores. Apresentei recentemente meu
relatório de estágio como requisito para obtenção do Grau de Técnico em Mineração do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba." O presente
estudo teve como objetivo realizar um diagnóstico das águas subterrâneas no
município de Picuí-PB. Diante disso, foi realizado o cadastramento,
levantamento e caracterização dos poços públicos. Também foram realizadas
coletas de águas para análises físico-químicas e, ainda, foi feito um estudo
preliminar da hidrogeologia do município, identificando os tipos de aquíferos,
suas litologias, estruturas tectônicas, zonas de recarga e exutórios.” Pontuou
“O estudo Hidrogeológico realizado
no município constatou que o mesmo é constituído por rochas de diversas naturezas,
compondo dois tipos de aquíferos: o poroso e o fissural. O aquífero poroso é
representado por sedimentos da Formação Serra dos Martins e por aluviões em
leitos de rios e riachos, fornecendo água de boa qualidade. O aquífero fissural
é constituído por rochas cristalinas de idades Paleo a Neoproterozóicas,
representadas por gnaisses a migmatitos, xistos, granitos e pegmatitos,
produzindo água fortemente mineralizadas, “duras”, de sabor objetável. O
trabalho realizado fornece informações úteis que servem de subsídios para que
sejam realizadas ações visando minimizar a crise hídrica no município.” Concluiu
Para
ter acesso ao trabalho e mais informação entre em contato com Paulo Sales
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