Pessoal como
vão? O Artigo dessa semana foi sugerido pelo administrado do blog o Técnico em
Mineração Antonio de Pádua, devido ao
artigo que produzi chamado “A EFICIÊNCIA
DO USO DE MACROS NA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE LAVRA”. Então irei falar da
importância em otimizar uma atividade ou processo.
Otimizar um processo ou atividade se refere a automatizar uma
etapa ou todo o projeto, de forma a ganhar tempo para analisar os resultados e
gerar uma nova estratégia, se for o caso.
Sempre falo a
frase “tudo é possível com tecnologia”, logo se soubermos como funciona cada
etapa de uma atividade, todas as entradas e saídas bem como o objetivo,
conseguimos, sim, automatizar. Uma ferramenta bastante útil para automatização
é o Excel, seu conjunto de fórmulas
e funções são atualizadas e potencializadas a cada atualização, além de
compatibilidade e conectividade com outros sistemas.
Neste artigo,
vou me ater aos softwares de mineração, que na sua grande maioria vem com
ferramentas para criação de scripts e
macros. Em resumo, a diferença básica entre script e macro, é que no script
os comandos são
gravados e reproduzidos utilizando um método próprio (por exemplo, uma
linguagem de programação); já na macro, os comandos são gravados e reproduzidos
dentro do próprio programa, logo os comandos já existentes do programa são
gravados sem a necessidade de criar um código de programação associado. Por
exemplo, um simples clique numa opção para exibir
o arquivo, podendo até gravar um conjunto de comandos para um tratamento de
diversos arquivos com várias funções.
No artigo A
EFICIÊNCIA DO USO DE MACROS NA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE LAVRA abordamos as
aplicações e vantagens do uso de macros no processo de construção do plano de
lavra. As macros foram criadas pelo software especialista MicromineTM (O Micromine foi
desenvolvido pela empresa australiana de mesmo nome, líder mundial no
fornecimento de soluções para todas as fases do processo de mineração).
Este software permite que todas as atividades realizadas na construção do plano
de lavra sejam otimizadas e alteradas desde a criação dos avanços de lavra até
o pit final, já incluindo os
cálculos de cubagem e plotagem do mapa; favorecendo, portanto, uma melhor
análise e tomada de decisão. Inserimos no sistema dados (localização da jazida,
distância do local de básculo, ângulos dos taludes, topografia da região,
fatores geológicos entre outros) que possibilitam a elaboração do plano de
extração da substância mineral pretendida. Considerando que macros são
ferramentas facilitadoras na rotina de planejamento de mina, no artigo
demonstra-se as vantagens proporcionadas pela utilização das macros na
elaboração do plano de lavra.
Todos os dados para criação de uma cava são inseridos no
software, em seguida são projetados os pés, cristas e rampas, cria-se a
superfície da cava retira-se a intersecção desta pela topografia tanto externa
quando interna, obtendo a área da cava bem como seu volume. A partir do volume
calcula-se a tonelada associada a esta cava, cortando este volume pelo modelo
de blocos, obtemos a contagem de blocos no interior, esta contagem chama-se
cubagem. Após esta cubagem é plotado na tela a topografia cortada pelo limite
cava, gerando um mapa que faz parte do planejamento de lavra.
Todas estas etapas de projeto do avanço ou cava, corte com
a topografia, cubagem e plotagem do mapa executadas no MicromineTM
podem ser automatizadas utilizando o advento das Macros. Neste contexto o trabalho
apresenta as vantagens no uso destas macros na criação do plano de lavra,
obtendo mais agilidade e eficiência na criação da cava, aumento no tempo
resposta numa possível mudança de cenário ou acompanhamento da lavra.
Para criação deste trabalho foi utilizado uma topografia
regional: criamos uma cava com bermas de 15 metros, altura do talude de 10
metros, ângulo de 85O, o grade das rampas é de 10%, a cava foi feita
no método open pit com 5 bancadas abaixo da cota do terreno. Todos os passos de
projeto da cava foram criados no MicromineTM.Após abrir e criar um projeto no MicromineTM,
abrimos a topografia da região (Figura1(Passo1)) em seguida é criado um arquivo de Design de Cava (Figura1(Passo2)) onde adicionamos o nome do arquivo
e setamos os parâmetros da cava, por fim dessa etapa criamos a crista da cava
no local de interesse (Figura1(Passo3)).
Com a cava iremos criar as superfícies para cálculos de
volume e tonelagem. Para criação da superfície da cava, devemos selecionar as
cristas, pés e rampas e selecionar a opção de criação de superfície (MDS), será
chamada a janela “contruir MDS”, onde salvamos o tipo de superfície e sua cor.
Com a cava, topografia e o modelo de blocos, geramos o
volume da cava (Figura4(Passo6)) e
(Figura4(Passo7)) bem como a cubagem
do modelo de blocos do interior do volume (Figura4(Passo8)), (Figura4(Passo9)) e
(Figura4(Passo10)), estas são as
informações necessárias para a criação do plano de lavra.
O MicromineTM, exporta os dados da cubagem do
modelo para o Excel, para isso utilizamos a opção de “Exportar para Excel” onde
chamamos o modelo do volume criado.
Para geração do mapa do plano criamos diversas operações
boleanas entre as superfícies, o MicromineTM, nos permite criar estas operações
na mesma janela “Operações de Interseções de Malhas Trianguladas”, bastando
apenas modificar a operação, primeiramente criamos o volume da cava
(Figura6(Passo11)) em seguida o
corte da topografia com a cava (Figura6(Passo12)).
Para cortar a cava pela topografia (Figura7(Passo13)) em seguida criação do limite da
cava utilizaremos a interseção boleana (Figura7(Passo14)), onde o resultado não será uma superfície e sim uma linha da
região da cava. O resultado final será a cava, topografia e limite da lavra
(Figura7(Passo15)).
Caso
a cava não atenda o que se está buscando todos os passos anteriores deverão ser
repetidos até a conclusão do plano de lavra. A Macro irá executar
automaticamente todos os comandos que utilizamos para criação do plano de
lavra, para isto precisamos criar a Macro, essa etapa é feita apenas uma vez. A
Macro pode ser editada quantas vezes for necessário caso queira adicionar ou
retirar algum comando. Para criar a Macro, chamamos um “Novo Arquivo” e
(Figura8(Passo16)) e escolhemos um nome, seu tipo e título. Será criado uma
tela para introdução dos comandos (Figura8(Passo17)), a primeira coluna
chama-se PROCESSO, onde escolhemos o comando que iremos adicionar na MACRO, as
colunas com “%”, são as entradas de dados que serão chamados automaticamente
nos processos da macro, para isso devemos chamar sempre essa linha de COMMENT,
pois o MicromineTM, entenderá 13 14 15 como comentário para entrada dos dados.
Abaixo da linha COMMENT se escolhe o comando que irá iniciar a macro, nesse
trabalho iniciaremos com a criação da superfície da cava, ao ser escolhido
devemos clicar com o botão direito do mouse na coluna “Formulário”
(Figura8(Passo18)), será chamado a janela do comando (Figura8(Passo19)), aonde
for entrada ou saída de dados adicionar o “%” na posição da tabela da Macro, no
caso na janela abaixo %1 será a entrada do arquivo do pit da cava. Ao concluir
toda a setagem de entrada e saída de dados, deve-se salvar a tela para que a
Macro sempre busque a mesma opção, para isso clicamos no botão Formas, onde a
Macro entende cada tela como “Formulário”, em seguida clica no botão “Salvar
Como” (Figura8(Passo20)), escolhe o número qualquer para o formulário e um nome
condizente com a ação.
Em
seguida repete-se estes passos para todos os comandos utilizados para criação do
plano de lavra, com suas entradas e saídas, de forma que o resultado final sejá
a (Figura9).
Para
realização deste trabalho, utilizamos os comandos para criação de uma cava no
método open pit, o tempo total gasto para elaboração do plano foi de 11 minutos
e 14 segundos. Considerando a macro já criada, a digitação das entradas e
saídas de dados, o plano foi concluído em 1 minuto e 37 segundos, reduzindo o
tempo de elaboração em 9 minutos e 37 segundos. Conclui-se que a macro é uma
ferramenta facilitadora na rotina de planejamento de mina, onde aumentamos o
tempo de análise dos dados, podendo reduzir os custos da lavra e gerando mais
cenários para o mesmo plano. Lembrem-se que a automatização tem que ter o
caráter de facilitar o trabalho que você já conhece, e não queimar etapas,
muito menos deve ser usado para pro-crastinação, o principal objetivo é sobrar
tempo para analisar melhor o seu projeto e criar novas oportunidades, não vamos
fazer como o rapaz dessa reportagem do link http://olhardigital.uol.com.br/noticia/homem-fica-6-anos-sem-fazer-nada-aposautomatizar-seu-trabalho/59210.
Qualquer dúvida enviar e-mail que estou à disposição. Jony Peterson de Oliveira
Lima – Engenheiro de Minas jony_lima@yahoo.com.
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