ITAPEVA, SP, TEM MAIOR JAZIDA DE FILITO COM 3 MILHÕES DE METROS QUADRADOS

Jazida de filítio tem mais de 3 milhões de metros quadrados (Foto: Jason Mathias / TV TEM)


Minério semelhante à argila é usado na fabricação de ração a asfalto. Por ano são recolhidas 500 toneladas de matéria-prima do local.



Itapeva (SP) é referência de mineração no país porque no município está localizada a maior jazida de filito do Brasil em um espaço de mais de 3 milhões de metros quadrados. Por ano são extraídas mais de 500 mil toneladas do minério que é é utilizado para diversos fins, desde ração animal até nas estradas. “Ele é da família das argilas, só que como é uma rocha, é um pouco mais endurecida”, explica o dono da empresa que faz a extração, Takeyuti Filho.

Ele ainda conta que a matéria-prima vai para a construção civil, alimentação animal, ainda para a borracha, asfalto e até sal mineral. "Nós diversificamos muito o uso do filítio, aproveitamos cerca de 90% da jazida.”

A cidade se destaca também por possuir a única Escola Técnica Estadual (Etec) que conta com curso de mineração. As aulas são em laboratório, onde alunos aprendem um pouco mais sobre as características das rochas, do solo e também as noções de topografia. “Aprende diversas coisas, desde a pesquisa do minério à extração e beneficiamento. Mas o que chama mais atenção, para mim, é a parte da geologia, que é a parte estrutural da terra”, afirma o estudante Moisés Merare César.


O diretor da Etec Itapeva, Alexandre Paiva Gaspar, destaca a importância das aulas para jovens da região. “Os três pilares do curso são a parte de pesquisa mineral, de lavres e beneficiamento de minério. Nossa região tem um potencial muito grande na área, somos conhecidos como capital dos minérios. A ideia é fortalecer o curso com parcerias com empresas para melhorar a capacitação dos funcionários”, afirma.

Para o sub-secretário de Minas e Energia do Estado de São Paulo, José Fernando Bueno, o avanço no setor está relacionado com a infraestrutura geral do país. “A mineração está agregada ao desenvolvimento. À medida que organizarmos o setor e ele avançar na racionalidade e produtividade, fatalmente haverá infraestrutura, duplicação de rodovias, ou seja, uma coisa está agregada à outra”, ressalta.

Do G1 Itapetininga e Região


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