Com uma
geologia diversificada, envolvendo desde terrenos pré-cambrianos (2,5 bilhões
de anos), até o recente, e ambientes geologicamente favoráveis à ocorrência de
jazidas minerais, o Estado da Paraíba abriga em seu território, jazidas e
ocorrências minerais de variados tipos.
Bentonita
(argila montmorilonítica) – A Paraíba é o maior produtor do
país. Mineral de larga aplicação como componente de lama de perfuração de poços
e pelotização do minério de ferro. As jazidas estão localizadas nos municípios
de Boa Vista e Cubati.
Minerais
de titânio (rutilo e ilmenita) e zirconita – Constituem a maior jazida tipo placer do país, localizada no município de
Mataraca, no extremo Nordeste do Estado. Os dois primeiros são de uso na
fabricação de pigmentos e o último em pisos e revestimentos.
Calcário
para produção de cimento – A Paraíba é o segundo maior produtor
de cimento do Nordeste. Grandes jazidas de calcário sedimentar que ocorrem na
faixa litorânea do Estado viabilizam a indústria cimenteira. Atualmente existem
duas unidades fabris em operação e três estão em fase de implantação.
Calcários
calcíticos, de
origem metamórfica, de distribuição generalizada no pré-cambriano do Estado,
fornecem matéria prima para a fabricação de cal. Calcário magnesiano, também
encontrado na Paraíba, é aplicado na agricultura.
Rochas
para revestimento – Várias rochas ígneas e metamórficas,
comercializadas como “granito”, esteticamente exóticas, a maioria
comercializadas no exterior. Ocorrem em todo o Estado da Paraíba, onde
predominam os terrenos cristalinos. Também são explorados para a mesma
destinação de uso, os quartzitos do Seridó.
Rochas
ornamentais de revestimento (granitóides e quartzitos), agregados minerais (areia e brita),
argila para cerâmica branca e argila para cerâmica vermelha, ocorrem em todo o
Estado.
Minerais
de Pegmatitos – Ocorrem na província do Seridó e são
extraídos por regime de garimpagem. Quartzo, feldspato, mica e caulim,
alimentam as indústrias de cerâmica, vidro e borracha. Gemas e metálicos
como Tantalita/Columbita (Ta/Nb) e Cassiterita (Sn) também são produzidos em
menor escala.
Vermiculita – Produzida para utilização na
agricultura, no município de Santa Luzia.
Scheelita (W) na região do Seridó e Ouro, na
região de Princesa Isabel, também são produzidos em regime de garimpagem.
Água
mineral – Ocorre em quase toda a faixa
litorânea, mas há uma concentração de fontes de captação no município de Santa
Rita.
Minerais da
construção civil – Areia em tabuleiros costeiros e em leitos de rios,
principalmente próximo a grandes cidades. Também há extração de rochas para
produção de brita, nas adjacências dos maiores centros urbanos.
Argila
para cerâmica vermelha – Ocorre em quase todo o Estado.
Empresas que produzem cerâmica vermelha de boa qualidade estão concentradas nos
municípios de Santa Rita e região de Guarabira. Há também fabricação de
telhas e tijolos em Rio Tinto, Santa Luzia e Picuí.
Atualmente
ocorre pesquisa de minério de ferro em São Mamede e Cajazeiras e fosfato na
faixa litorânea.
O valor da
produção mineral comercializada em 2009, conforme o Anuário Mineral Brasileiro
2010, publicado pelo DNPM com base nos relatórios anuais de lavra apresentados
pelas empresas, chegou a R$ 307.992.588,00, sendo 81% deste total referentes
aos minerais não metálicos e 19% aos minerais metálicos. Portanto, a produção
de não metálicos revela-se como a vocação mineral da Paraíba.
Seis
substâncias minerais não metálicas responderam em 2009, por 94,5% do valor da
produção desta classe: Água Mineral, Areia, Bentonita, Calcário, Rochas
Britadas, Cascalho e Rochas Ornamentais (Granitos e afins). A Bentonita liderou
com R$ 64,9 milhões, seguida pelas Rochas Britadas com R$ 57,3 milhões, Água
Mineral com R$ 48,1 milhões, Calcário com R$ 31,5 milhões e Rochas Ornamentais
com R$12,2 milhões.
Os metálicos
registraram uma produção de R$ 59,3 milhões, envolvendo os minerais de titânio
(Ilmenita e Rutilo) com 26,6% e Zirconita com 73,41%.
A arrecadação
da Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais – CFEM do
Estado da Paraíba em 2012 foi de R$ 3.766.381,35, cabendo a distribuição destes
recursos: aos municípios produtores R$ 2.448.147,88 (65%), ao Estado, R$
866.267,71(23%) e à União R$ 451.965,76 (12%). Destaque na arrecadação para os
municípios de Mataraca com 51,9% (Titânio/Ilmenita e Zirconita), Caaporã com
13,41% e João Pessoa com 7,75% (Calcário para cimento).
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