FABIANA AGRA DIZ QUE “PICUÍ É DE ROCHA”

A escritora Picuiense Fabiana Agra finalizou nesta manhã de 16 de maio de 2014 o segundo livro sobre Picuí: “PICUÍ DO SERIDÓ: SÉCULO XX”. Em  contato com  à redação do blog Setor mineral em Foco, ela adiantou que escreveu um capítulo sobre as incidências minerais no município de Picuí.

Esse capítulo começa falando acerca das inscrições rupestres encontradas no antigo município de Picuí, oportunidade em que a escritora comenta sobre as teorias acerca da origem dos primeiros habitantes do Seridó e sobre os sítios rupestres da região, arrematando com as incursões feitas por José de Azevedo Dantas, Carnaubense que primeiro catalogou os sítios rupestres do Seridó Oriental paraibano. Ainda sobre arqueologia, há algumas considerações que foram feitas pelo arqueólogo paraibano Vanderley de Brito, acerca da “Pedra de Retumba”, localizada em Pedra Lavrada, e a transcrição do sítio “Cachoeira do Pedro”, feita pelo arqueólogo Raoni Bernardo Maranhão Valle.

Ao falar especificamente sobre a atividade mineral no município de Picuí, Fabiana Agra escreve sobre os minérios da Paraíba, do Seridó e de Picuí, além de descrever a situação atual da atividade mineral Picuiense, oportunidade em que utiliza artigos do técnico em mineração  e também Picuiense, Antonio de Pádua Sobrinho e do geólogo e professor do IFPB, Francisco de Assis Souza, que atentam para o fato de que, devido a exploração das jazidas no município de Picuí ser feita essencialmente a céu aberto, sem planejamento, através de garimpos, a atividade termina gerando grandes impactos ambientais, “tornando-se um enorme desafio ao paradigma atual de desenvolvimento sustentável, uma vez que a degradação ambiental se dá a passos largos pela lavra predatória, trazendo como consequência a destruição do habitat natural, desperdícios e exaustão acelerada dos bens minerais, problemas socioeconômicos e de saúde do trabalho para as famílias envolvidas na pequena mineração”.


Arrematando o capítulo, a escritora tenta responder à pergunta sobre a existência de urânio em Picuí e sobre a contaminação pessoal nas pequenas minerações pelos minérios radioativos: urânio e tório, através da descrição do projeto desenvolvido pela física Valéria Pastura e o geólogo Thomas Campos.

“Picuí é de rocha, é da rocha que vem a sua história e a sua força econômica e turística”. É preciso conhecer para valorizar a história da  “terra do minério”, disse a escritora.


Em relação ao lançamento do livro, Fabiana Agra explicou que vai organizar os capítulos, mas já adiantou que, pelo que já viu, terá que dividir o trabalho em dois volumes, pois o material produzido rende um livro com mais de 600 páginas, o que é totalmente inviável para uma boa visibilidade do trabalho. A capa já está pronta e foi uma criação do web designer Picuiense Dalverne Macedo. Após a definição do formato, o livro seguirá para a gráfica. “Provavelmente entre os meses de setembro e outubro estarei lançando o livro em Picuí, João Pessoa e Natal”, disse Fabiana.



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