O exemplo mais comum é o basalto. Pelo fato de
existir no local (saco do inferninho) rochas vulcânicas (basaltos) algumas pessoas caracterizam esse local como um vulcão. Após ser indagado pelo radialista Flávio Fernandes de Cuité -PB, através de uma postagem no facebook e por algumas pessoas sobre o assunto comecei a ler sobre
o fato e procurei alguns amigos meus, que já desenvolveram algumas pesquisas no local,
após isto pude me preparar para escrever
minha opinião à cerca do “Vulcão Saco do Inferninho” como é conhecido.
Em conversa com o geólogo e professor da UFRN, Marcos
Nascimento ainda não podemos afirmar que se trata de um vulcão que entrou
em erupção ou mesmo suas rochas se formaram sob a forma de um derrame, como os
basaltos do Paraná. O que realmente pode ter ocorrido no local foi uma abertura
de espaço por meio de fraturas na crosta terrestre, por onde o magma subiu até
a superfície e literalmente "derramou", mas não necessariamente como um vulcão. São na verdade rochas basálticas
com idade em torno de 25 milhões de anos atrás (a exemplo do Pico do Cabugi, no
RN). Porém, devemos lembrar que nem sempre é necessário ter um vulcão para
gerar rochas vulcânicas.
Já para o pesquisador, geógrafo e professor da UFPB,
Leonardo Figueiredo “quando falamos em vulcão, lembramos logo de uma forma
típica cônica gerada pela deformação da crosta quando do extravasamento do
magma. Essa forma pode ainda ser originada pela deposição de camadas sucessivas
de magma que vão se sobrepondo e aumentando a declividade na medida em que o
cone vai ganhando altura. Avaliando as fotos do
local conhecido como Saco do Inferninho, sou levado a concordar com os
pesquisadores que sugerem que ali pode ter ocorrido ao invés de um vulcanismo
explosivo, apenas um derrame de magma básico, originando os depósitos de
basalto ali identificados. Aparentemente também não são ali identificadas
estruturas remanescentes (neck, por
exemplo) de vulcões extintos e “vítimas” dos processos erosivos, o que
corrobora com a ideia de um derrame basáltico. Sobre possibilidades de
reativação, talvez fosse o ponto a ser estudado, mas também acho um tanto
remota essa possibilidade, dada a estabilidade geológica que nossa região
apresenta há alguns milhões de anos já.
Fica a pergunta mito ou verdade sobre a existência do vulcão?
Estudos futuros com certeza comprovarão tal fato, enquanto isto o local
continua sendo mais um ponto geoturístico da cidade de Picuí,
formado por uma montanha de geometria cônica, com o topo
povoado pela vegetação de caatinga, propício para o turismo, onde o visitante
pode descansar enquanto observa os vales
e elevações da região, devendo tornar-se uma das atrações turísticas mais
apreciadas do Seridó paraibano.
Fotos: Equipe Trilhas na Caatinga Picuí-PB
Texto: Antônio de Pádua Sobrinho-Técnico em Mineração
Texto: Antônio de Pádua Sobrinho-Técnico em Mineração
O Tecnico em MIneraçao Antonio de Padua Sobrinho, levanta um tema de suma importância para nossa região, afinal aconteceu ou não uma erupção vulcânica em nosso Serido Paraibano, estudiosos devem vir ao local para comprovação deste questionamento. seria de suma importância também que alunos do Curso de Mineração do IFPB, procurassem conhecer o local, faz parte do curso aulas de campo e esta é uma grande oportunidade para se desenvolver um projeto de pesquisa. Se foi uma erupção ou um derramamento de magma de qualquer forma seria um grande tema para estudos. Parabéns Sobrinho pelas suas pesquisas e pelo interesse que você tem em mostrar o potencial de nossa região.
ResponderExcluirPrecisa ser bem exprorado. Para que seja ou não confirmado a existência de um vulcão aqui em nosso município. Parabéns sobrinho , pela iniciativa!
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