O minério de ferro atingiu um novo recorde negativo:
US$57,60/t. O pior preço em 6 anos.
Como não poderia ser diferente a queda lançou as ações das principais mineradoras ladeira abaixo.
Como não poderia ser diferente a queda lançou as ações das principais mineradoras ladeira abaixo.
Uma das grandes afetadas é a quarta maior mineradora de ferro do mundo a australiana Fortescue (gráfico).
A Fortescue luta com um problema estrutural incrivelmente sério: o seu all-in sustaining cost (AISC) que, segundo muitos estava próximo dos US$60/t. Além deste custo elevadíssimo a Fortescue batalha contra uma dívida de US$9 bilhões, que felizmente só irá maturar em 2017.
A forma como a empresa está sobrevivendo é através de significativos cortes nos custos operacionais através de, praticamente, uma nova lavra. Desta forma ela consegue lavrar partes dos seus depósitos ainda com margens econômicas.
Poucos dias atrás a empresa desistiu de um financiamento de US$2,5 bilhões a juros de 9% ao ano, elevadíssimos. Foi uma decisão prudente, pois, nas circunstâncias atuais, é possível que a mineradora não consiga pagar o financiamento. As ações caíram 7% no anúncio da desistência.
Com um débito em crescimento, custos elevados e preços em queda a mineradora australiana reza para que haja mudança significativa no curto prazo. Enquanto isso ela conseguiu reduzir o custo de entrega do seu minério de ferro para US$43/t o que deve significar um AISC ao redor de US$50/t ou mais... Um minério que não compete em qualidade com os da Rio Tinto e estão muito longe dos da Vale.
A situação é crítica.
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